Textes P. Teodoro

As irmãs contemplativas

No pensamento do padre teodoro

1840: Introdução à vida de são bernardo, P. Teodoro:

“A raiz misteriosa da vida evangélica está em Jerusalém (…) Foi em Jerusalém que se compôs, no início do Cristianismo, o núcleo das almas contemplativas que mais tarde se perpetuariam nos desertos, nos claustros, nas ordens monásticas”.

1852: Carta do p.teodoro, de 28 de novembro, para a Ir. Alphonsine Würmser:

Será preciso retornar à nossa primeira ideia de um santuário oculto onde arderá a lâmpada da oração enquanto as irmãs ativas trabalharão do lado de fora. Esta ideia está muito clara em meu espírito; mas para realizá-la é proceder devagar e com experiência; é preciso também que a localização seja apropriada. Tudo isso amadurecerá e se produzirá a seu tempo”.

1853: Conversas do p.teodoro com as primeiras noviças, de 21 de setembro:

Isso não significa que vocês sejam todas destinadas ao combate da vida ativa; haverá algumas Filhas de Sion que permanecerão no santuário e oferecerão suas orações, suas penitências e suas mortificações pela salvação de Israel, enquanto outras agirão do lado de fora.. Não precisamos apenas de exércitos para combater os Amalecitas; precisamos também de Moisés que rezem na montanha; e enquanto umas se postarão na planície para derrubar os inimigos, outras elevarão os braços ao Céu e rezarão. Os combatentes sozinhos não teriam obtido a vitória; da mesma forma a oração de Moisés, sem combatentes, também não teria triunfado. É preciso ao mesmo tempo combate e oração”.

1861: Carta do p. Teodoro, de9 de setembro, à para a Ir. Emmanuel Guillemin:

Eu lhe disse uma palavra na minha última carta (essa carta precisa ser procurada) a respeito de minhas ideias sobre o Ecce Homo. São ideias que me ocupam há mais de vinte anos, pois nasceram com a Congregação, sendo contemporâneas da fundação da comunidade. Quando só existia uma única casa em Paris, eu sonhava com um santuário que ficaria de certa forma escondido nela, ou seja, queria que houvesse, atrás da obra ativa, um grupo de almas contemplativas consagradas especialmente à oração, carmelitas de Sion, separadas do barulho exterior mas formando uma só família com as irmãs da vida ativa – união de Marta e Maria – rezando e trabalhando no mesmo espírito (…)“O P. Marie conhece este pensamento; eu só lhe comunico um esboço.

1863: Carta do padre teodoro, de 15 de maio, para a Ir. Alphonsine Würmser:

Há 20 anos, ou seja, desde a origem de Sion, Deus pôs no meu coração a ideia de uma vida contemplativa, ligada à vida ativa, como dois ramos de um mesmo tronco, se sustentando mutuamente. Esta ideia se concretizará em Jerusalém;

Capítulo geral, Intervenção do P. Theodoro:

Tive, desde o começo de Sion, a ideia de erigir uma Casa onde as religiosas, mais completamente dedicadas a uma vida contemplativa, levassem um gênero de vida adaptado a essa missão especial e fossem de certa forma as Carmelitas de Sion. Pensei que isso poderia ser feito em Jerusalém e eis porque tinha admitido o nome de mosteiro. Essa ideia não se realizou e duvido que ela se realize um dia em Jerusalém; não sei se a vida de clausura é viável nesse país; mas a ideia em si me agrada e desejo legá-la para o futuro

Seja qual for a casa escolhida um dia para a realização dessa idéia, ela deverá ser a mais humilde de todas; não se distinguirá das outras por um nome particular; chamar-se-á casa ou convento;

Regra revista em 1872, aprovada em 1874.

“Se a Providência proporcionar “à Congregação o pessoal e os meios necessários para a fundação de um convento destinado às almas contemplativas, ficaremos felizes em realizar esse projeto, seja em Jerusalém, seja em qualquer outro lugar”“. As Religiosas de Sion chamadas a esse tipo de vida observarão uma clausura mais estreita, um silêncio mais absoluto e dirão continuamente o grande ofício romano.

Esta casa servirá de lugar de renovação para as Religiosas de Sion que necessitarem mergulhar nas águas vivas da piedade.”