“O oitavo dia, imagem da eternidade”

2015_03_11_parole_de_vie

26. Por outro lado, o facto de o sábado ser o sétimo dia da semana fez considerar o dia do Senhor à luz de um simbolismo complementar, muito apreciado pelos Padres: o domingo, além de ser o primeiro dia, é também « o oitavo dia », ou seja, situado, relativamente à sucessão septenária dos dias, numa posição única e transcendente evocadora, não só do início do tempo, mas também do seu fim no « século futuro ». S. Basílio explica que o domingo significa o dia realmente único que virá após o tempo actual, o dia sem fim, que não conhecerá tarde nem manhã, o século imorredouro que não poderá envelhecer; o domingo é o prenúncio incessante da vida sem fim, que reanima a esperança dos cristãos e os estimula no seu caminho. Nesta perspectiva do dia último, que realiza plenamente o simbolismo prefigurativo do sábado, S. Agostinho conclui as Confissões falando do eschaton como « paz tranquila, paz do sábado, que não entardece ».A celebração do domingo, dia simultaneamente « primeiro » e « oitavo », orienta o cristão para a meta da vida eterna.

lettre Apostolique de saint Jean Paul II- 31 mai 1998


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